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O fim da era industrial e início da era da informação deram origem a um novo mundo econômico, no qual a sociedade ingressou na economia da informação, onde a informação é o bem principal. Diversos autores indicam que a difusão das Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) entre as empresas é um dos fatores principais do crescimento econômico, e que pequenas e médias empresas (PME) podem podem obter benefícios significativos com o uso das TIC.
Este artigo buscou identificar o nível de uso das Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) por pequenas e médias empresas (PME) brasileiras. Para tanto, construiu um índice de adoção das TIC a partir dos dados secundários da pesquisa TIC Empresas 2011, da qual foi retirada uma amostra de mais de 2.000 pequenas e médias empresas brasileiras.
As PME são responsáveis por relevante parcela de movimentação do mercado, além de serem grandes geradoras de empregos (Boateng et al., 2008; Jones et al., 2003). Porém, no Brasil, as PME colaboram com apenas 20% na formação do PIB, (LA ROVERE, 2002), enquanto que na Europa esse percentual chega a 60% (SCHMIEMANN, 2008). Diversos autores citam benefícios de TIC para as PME, como Zimmerer (1994) e Souza, mas pesquisas apontam que
PME desconhecem tanto benefícios quanto barreiras no uso das TIC.
A pesquisa foi composta por um estudo quantitativo baseado em dados secundários da pesquisa TIC Empresas 2011. Com base nas definições sobre as dimensões de uso da TI encontradas na literatura, foram identificadas as variáveis da pesquisa TIC Empresas relacionadas a cada dimensão, e o estudo foi pautado nestas variáveis. Foram utilizadas três técnicas estatísticas multivariadas: Matriz de Correlação, Análise Fatorial e Modelagem de Equações Estruturais (MEE) usando PLS (partial least square).
Os principais resultados mostraram que os setores de Informação e Comunicação, Atividades Imobiliárias e Comércio possuem os maiores índices de uso de TIC, e também que os índices crescem à medida que cresce o porte das empresas. De forma geral, porém, os índices são relativamente baixos, não ultrapassando 0,60 em nenhum caso analisado.
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