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A economia solidária ganha importância ao fomentar o crescimento de empreendimentos, pois tornar-se uma alternativa no mercado de trabalho e para o processo de produção. Devido à complexidade de valores coletivos, a sustentabilidade desses empreendimentos no deve ser restrita ao resultado econômico e o sucesso não deve prever apenas o aspecto mercantil.
O trabalho teve como objetivo analisar a sustentabilidade dos Fundos Rotativos Solidários (FRS) nas dimensões econômicas, social, política e gestão e pergunta-se: Como está a sustentabilidade dos FRS no município de Quixadá?
O trabalho de Reis (2005) pressupõe que a compreensão da sustentabilidade em empreendimentos de economia solidária não se define apenas por aspectos econômicos. Os empreendimentos, dentro da economia solidária, são de pequeno porte, com produção em pequena escala e informais nos seus processos, conforme identifica Lima (2010), envolve a participação, solidariedade, autogestão em respeito ao meio ambiente, sendo que o lucro não é o principal objetivo
A pesquisa qualitativa é um estudo de caso e o levantamento dos dados foi realizado através de pesquisa documental e de campo baseado em questionário previamente elaborado. Na análise dos resultados, utilizou-se uma análise multidimensional da sustentabilidade dos empreendimentos de economia solidária: econômica (mercantil, não mercantil e não monetária), social (construção do vínculo associativo), política (no nível interno e no nível institucional) e gestão (infra-estrutura e conhecimento)
Os FRS estudados iniciaram suas atividades seguindo valores sociais, solidários e desenvolvimento local. Contudo, a realidade dos grupos mostra que recursos levantados não se revertem para as famílias e não geram benefícios comunitários. Os grupos solidários não tiveram grande impacto na interação social das localidades estudadas, sendo que os valores solidários não foram suficientes para assegurar a coesão e o comprometimento dos grupos.
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