RESUMO
Código: 6
Tema: Finanças comportamentais e pessoais

 

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Uso das Informações Financeiras Para O Gerenciamento de Títulos de Renda Variável: Perfil dos Analistas de Investimento
 

Uma das mais relevantes funções dos profissionais da área de investimento em títulos de renda variável é a de orientar seus clientes na formação de carteiras que se conformem aos respectivos perfis de risco/retorno (Speidell, 2009). Independente da orientação top down ou down up o analista depende de informações econômicas e financeiras das empresas que atualmente são disponibilizadas de forma online por diferentes empresas, como: Sistema Economática, Bloomberg, Dun & Bradstreet e a BM&FBovepa.

Até que ponto as informações financeiras históricas são úteis para os analistas de investimentos fazerem as suas recomendações? Assim, o objetivo foi o de comparar os resultados das decisões tomadas pelos profissionais de investimentos em duas situações distintas:a) utilizando-se apenas de informações de natureza objetiva (financeira); e b) fazendo uso de qualquer outro tipo de informação (percepções subjetivas).

Para Yashinaga, Oliveira, Silveira e Barros (2008), a teoria das finanças até então adotada apresenta fragilidades no que se refere à sua validação empírica, pelo simples fato das pessoas não agirem sempre de forma racional. A partir desta constatação, as finanças comportamentais procuram incorporar as influências dos aspectos psicológicos inerentes ao comportamento dos agentes no processo decisório relacionado ao mercado financeiro, passando a validar os resultados empíricos observados.

A metodologia formulada visa a comparação das decisões subjetivas (tomadas pelo analista a partir da sua percepção) com aquelas baseadas em informações objetivas e explícitas disponíveis no momento. Para tanto, foi adotada uma abordagem de natureza preponderantemente quantitativa, por meio do método AHP Standard e da aplicação de testes estatísticos de correlação.

Os resultados apontam para uma falta de unanimidade entre os profissionais no que se refere à composição de portfólios. Ademais, o grupo de profissionais não seguiu, em grande parte, a lógica financeira esperada diante das variáveis estudadas. A investigação apontou para um comportamento heterogêneo por parte daqueles que fazem recomendações de investimentos aos clientes, assim como detectou sérias inconsistências por parte dos profissionais da área.