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O rito de passagem é uma maneira de consolidar as transições vivenciadas pelas pessoas na sociedade. O ritual da formatura é um dos ritos de passagem significativos para universitários e seus familiares, e traz consigo diversas inquietações para acadêmicos que estudam o consumo, uma vez que possui elementos do consumo ritualístico e conspícuo e seus atores vivenciam a vulnerabilidade de consumo. O aumento do número de empresas que prestam tal serviço também evidencia a importância da temática.
A pesquisa foi desenvolvida a partir da seguinte problemática: como se caracterizam a conspicuidade, a vulnerabilidade e os elementos ritualísticos do consumo de rituais de formatura? Para tanto, objetivou-se caracterizar o consumo em rituais de formatura, visando compreender a vulnerabilidade inerente a este consumo, bem como os elementos ritualísticos e da conspicuidade evidenciados nesse ritual.
A participação em rituais (como o de formatura) leva ao consumo ritualístico, caracterizado pela padronização e simbolismo. Os três componentes do consumo conspícuo - ostentação e sinalização, exclusividade e conformidade social - também podem ser evidenciados em rituais, além da vulnerabilidade do consumidor, pois o estado de impotência dos indivíduos os torna mais suscetíveis às pressões individuais, familiares, comunitárias e macroambientais do contexto em que estão inseridos.
O estudo é caracterizado como interpretativo básico de caráter exploratório. Os dados foram coletados através de dois minigrupos focais compostos por indivíduos formandos e recém-formados do curso de Administração de universidades públicas federais da Paraíba. A seleção dos sujeitos de pesquisa se deu pela técnica de bola de neve e os dados foram analisados por meio da análise de conteúdo.
Constatou-se que cada etapa do processo de formatura representa significados e sentimentos diferentes. Com relação à conspicuidade do consumo na formatura, observou-se que as categorias de ostentação e sinalização, exclusividade e conformidade social se manifestaram em diferentes momentos. A vivência de um momento de transição social e as pressões sofridas pelos pais e pelo círculo de amizades que convivem foram fatores que contribuíram para as experiências de vulnerabilidade durante o consumo.
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