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São raros os levantamentos que associam comportamento estratégico com o desempenho de pequenas empresas no setor de varejo de farmácias. Dados levantados em survey com 45 empresas e investigados pela técnica do teste quiquadrado, revelaram a ocorrência de três dos quatro comportamentos estratégicos propostos por Miles e Snow (1978) e a não existência associativa entre desempenho e comportamento estratégico, sendo que os prospectores obtiveram melhor desempenho em vista dos demais comportamentos.
Quais comportamentos estratégicos associaram-se em maior e menor grau ao desempenho de empresas de pequeno porte do varejo de farmácias do Paraná?
Buscando responder a esta questão, este estudo tem como objetivo avaliar qual comportamento/estratégia competitiva adotado pelos dirigentes de farmácias do estado do Paraná associaram-se ao desempenho organizacional conforme proposta de Miles e Snow (1978).
Miles e Snow (1978) defenderam que a estrutura organizacional é parcialmente predestinada pela condição ambiental, enfatizando que as decisões dos altos gestores são fatores críticos que determinam a estrutura da organização e os seus processos. Para os autores, cada configuração tem sua própria maneira de se relacionar com o seu domínio, sendo que identificaram quatro tipos de estratégias competitivas que permitem diferenciar as empresas mediante a relação estratégia/estrutura/ambiente.
Esta pesquisa adotou uma survey para obtenção dos dados, aplicada junto à população de micro e pequenas empresas do setor varejista de farmácias do estado do Paraná, sendo que de 4.308 farmácias, 45 aderiram como amostra do estudo. A análise dos dados foi realizada por meio do teste quiquadrado, visando verificar possíveis divergências entre as freqüências observadas e esperadas, bem como averiguar se há alguma associação significativa entre as variáveis: comportamento estratégico e desempenho.
Após a caracterização do comportamento estratégico presente nas farmácias, classificou-se a variável desempenho como variável dependente e o comportamento estratégico como variável independente, obtendo valor-p superior ao nível de significância de 5% adotado, aceitando a hipótese nula de que não existe diferença de freqüência entre os grupos e, portanto, nesta instância, associação entre comportamento estratégico e desempenho organizacional.
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