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Pequenas organizações sempre sofreram com a concorrência em relação às grandes corporações, em especial, devido ao difícil acesso a know-how e à baixa força competitiva – custos, pessoal, equipamentos e capital (SOUZA et al., 2015). Esse cenário de concorrência intensa traz diversos problemas organizacionais para essas empresas e dificulta que elas permaneçam no mercado (AMATO NETO, 2008; COSENTINO; VIDAL; VIRGILLITO, 2011; BANNIER; ZAHN, 2012).
No sentido de evidenciar estratégias de sucesso desenvolvidas por pequenas empresas, em forma de competitividade frente às grandes organizações, este artigo tem por objetivo investigar o caso de uma pequena empresa brasileira especializada em telecomunicações e tecnologia – a BWA Ltd. –, que tem mostrado diferenciais competitivos no mercado de fornecimento de internet banda larga.
Pequenas empresas precisam pensar estrategicamente. Para tanto, Senge (2008) afirma que é necessário pensar sistemicamente, ver o todo, ao invés de eventos isolados. Assim, a prática de pensar no todo está em visualizar não apenas pontos específicos, mas todos os fatores que podem influir em uma empresa (PANAGIOTOU, 2003). Lim (2013) complementa que as empresas devem deixar de tentar melhorar suas fraquezas, e criar possibilidades para que suas forças fiquem em evidência.
A pesquisa foi conduzida em formato de estudo de caso, em que foi desenvolvida uma investigação ex-post-facto, de características exploratória e descritiva, de abordagem qualitativa. Configurou-se, portanto, como multinível, por ter se dado em vários níveis de investigação, em que foram realizadas análise documental (planilhas e relatórios), análise das características da empresa e dos sócios-administradores e análise SWOT de observações telescópicas.
Os resultados mostram que, embora a BWA Ltd. apresente maiores custos com equipamento e pessoal, a empresa supera uma demanda estagnada e cria valor para clientes de nicho, através de personalização, serviços associados, tecnologia avançada e qualidade, sem custos adicionais de manutenção, enquanto as grandes empresas estão preocupadas em atingir conglomerados, com baixos padrões de qualidade, o que implica em menores custos de produção, mas maiores custos com problemas técnicos de manutenção.
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