RESUMO
Código: 1224
Tema: Simbolismos, Culturas e Identidades Organizacionais

 

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Onde Termina O Público e Começa O Privado? Uma Análise da Privatização da Cultura Na Praça da Liberdade em Belo Horizonte.
 

A cultura a partir da lógica empresarial teve crescimento mundial considerável a partir da década de 1980, em que governos conservadores como de Margaret Thatcher, na Inglaterra, e Ronald Reagan, nos Estados Unidos, incentivaram a utilização das artes como objeto a ser privatizado (WU, 2006).

Em virtude de se observar tal fenômeno da privatização do espaço público ocorrendo na Praça da Liberdade na cidade de Belo Horizonte, por meio do espaço denominado “Circuito Praça da Liberdade”, este trabalho busca discutir de que forma o público e o privado se misturam em processos de concessão de espaços públicos que o Estado realiza; enfocando espaços culturais. Tal discussão torna-se pertinente ao observar o interesse de uma coletividade sendo suplantado pelos interesses privados.

Visando atingir os objetivos deste trabalho, este organiza-se da seguinte forma além desta breve introdução: i) a cultura enquanto objeto comercializável – busca discutir como a cultura tornou-se produto dentro da ótica capitalista; ii) a privatização dos espaços públicos – traz a discussão da apropriação dos espaços ditos públicos por organizações privadas; iii) percurso metodológico – apontando os caminhos desta pesquisa; iv) discussão e analise dos dados coletados.

O método utilizado foi a análise qualitativa de informações disponíveis em sítios de cada um dos objetos estudados: Circuito Cultural da Praça da Liberdade e Espaço Comum Luiz Estrela. A coleta de dados foi realizada por meio da abordagem qualitativa, pela qual tornou-se possível maior aprofundado do tema estudado. A análise dos dados foi realizada a partir do método análise de discurso francesa.

Se o objetivo é ofertar espaços que visam o desenvolvimento cultural da cidade, qual a razão de manter lojas que comercializam, dentro de espaços públicos, produtos relacionados aos empreendimentos? Percebe-se que a lógica de mercado moldam as ações dos espaços cedidos pelo poder público, beneficiando organizações que atendem aos seus interesses lucrativos, mesmo que exista discurso sobre as questões sociais.