A sociedade brasileira de hoje debruça-se sobre um alto conformismo social. O
alienamento à política, economia e questões sociais traz para o dia-a-dia do brasileiro uma
ideia de conivência com tudo que acontece ao seu redor; sem grandes questionamentos,
apenas aceitando a realidade que lhe é imposta.
É nesse contexto que este trabalho se faz relevante, pois é partindo do pressuposto de que um dos objetivos da universidade é desenvolver o pensamento crítico, e o posicionamento diante das realidades vivenciadas, o porquê disto não ocorrer em siituações como as vivenciadas no ano passado?
Para tal, este artigo encontra-se organizado em quatro seções, além desta breve
introdução: i) o papel da crítica na universidade; ii) percurso metodológico; iii) o curso de
administração no Brasil e na Unimontes; iv) discussão e considerações adicionais.
Buscando analisar a evolução do curso de Administração na Universidade Estadual de Montes Claros faz-se aqui a adoção por uma abordagem de pesquisa exploratória; constituindo-se também de outras duas metodologias: revisão documental - perpassando pelos Projetos Políticos Pedagógicos do curso e se suas bases contemplam disciplinas/vertentes críticas - e bibliográfica acerca da constituição do curso de administração em nível Brasil e Montes Claros.
A grade curricular do curso, desde o seu início, não compreende também disciplinas
que versam sobre discussões da administração com outras áreas em uma perspectiva mais sociológica, psicológica e até mesmo antropológica. Portanto, tais disciplinas que poderiam favorecer o estímulo ao pensamento crítico, não estavam compreendidas nos projetos e as poucas que se faziam presente perderam um importante espaço durante a consolidação do curso.
|