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Além do contexto educacional, a natureza e a qualidade do ambiente institucional influenciam na escolha do indivíduo em exercer ou não a atividade empreendedora. Com a evolução das pesquisas, identificou-se a importância das características psicológicas no desenvolvimento do empreendedorismo, ocorrendo um crescimento significativo na literatura, e entre os constructos, destacam-se os valores pessoais, as atitudes e a intenções empreendedoras (ALMEIDA, 2013).
Existem poucas pesquisas que estabelecem a relação entre valores e atitudes empreendedoras e, como consequência, como estas influenciam na intenção de empreender. O objetivo geral do trabalho é adaptar e validar o modelo americano de Watchravesringkan et al. (2013) para o contexto nacional; e os objetivos específicos são verificar as relações entre as dimensões valores pessoais, atitude empreendedora e intenção empreendedora; e comparar os resultados encontrados com os do modelo original.
A fundamentação teórica da pesquisa concentra-se em 3 conceitos: valores pessoais, atitude e intenção empreendedora. A partir de uma revisão bibliográfica de estudos nacionais e internacionais, chegou-se a duas hipóteses para a pesquisa: H1: Valores pessoais de estudantes influenciam diretamente suas atitudes em direção à carreira empreendedora; H2: Atitudes em direção à carreira empreendedora de estudantes influenciam diretamente sua intenção empreendedora.
O estudo tem caráter descritivo e quantitativo, utilizando-se de um modelo americano validado. Para a análise dos resultados foram utilizadas estatísticas multivariadas obtidas por meio dos softwares SPSS 20.0 e Amos 18, sendo esta dividida em quatro fases: Análise Descritiva, Análise Fatorial Exploratória, Modelagem de Equações Estruturais e a Comprovação de hipóteses de relações causais entre os constructos do estudo foi alcançada por meio dos índices de significância das regressões realizadas
A amostra da pesquisa foi composta por 204 universitários gaúchos pertencentes a instituições pública e privada. Os resultados comprovaram que o modelo possui unidimensionalidade, validade convergente, validade discriminante, bons índices de ajuste e confiabilidade dos construtos. Nos dois estudos (americano e brasileiro), valores e atitudes em direção ao empreendedorismo influenciaram positivamente e significativamente a empreendedora dos universitários, confirmando as duas hipóteses
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