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A ideia de esfera pública tem um longo percurso histórico de reconceituação (PEREIRA, 2010, KOÇAN, 2008). É ainda um conceito não definido e essencialmente contestado, amplamente discutido na literatura nacional e internacional. A esfera pública é uma categoria que ganhou destaque nas discussões sobre democracia, movimentos sociais e meios de comunicação. Habermas, filósofo da segunda geração da Escola de Frankfurt, é um dos principais teóricos desta categoria.
Quais evidências teórico-empíricas da categoria esfera pública são encontradas em pesquisas sobre a temática? Assim, este artigo objetiva analisar as evidências teórico-empíricas sobre a categoria esfera pública de Jürgen Habermas. Considerando o objetivo deste trabalho, realizou-se um levantamento de artigos em bases de dados, a saber: ISI Web of Science, Scopus e SciELO - Scientific Electronic Library Online, portanto, engloba artigos publicados em português, inglês e espanhol.
A esfera pública, caracterizada pela discussão livre e racional (a racionalização é inerente ao ser humano – LOSEKAN, 2009) entre os cidadãos, se configurou como uma nova fonte de legitimidade do poder (PERLATTO, 2015). Habermas construiu uma noção de esfera pública utópica uma vez que, para o autor, nesta esfera pública as desigualdades em termos de poder, riqueza e status social eram desconsideradas em favor do melhor argumento (PERLATTO, 2015; OTTMANN, 2004).
A revisão sistemática será apresentada por meio da meta-síntese, a qual se fundamenta na síntese interpretativa de dados. Direcionou-se para as expressões “esfera pública”, “Habermas” e “pesquisa empírica” ou “estudo empírico” ou “estudo de caso”. Para a coleta dos dados foi delimitado as bases internacionais (Web of Science e a Scopus) e nacionais (Scientific Electronic Library Online (SciELO Brasil), Scientific Periodicals Electronic Library (Spell) e anais dos eventos da ANPAD).
Analisando o perfil dos artigos coletados, notou-se que os trabalhos que mais referenciaram a expressão “esfera pública” foram: Gaynor e O’Brien (2014), Davis (2009), Leung (2014), Buehner e Sommerfeldt (2013), Fast (2013), Ribeiro (2012) e Diniz e Ribeiro (2012).
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