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O estudo tem como contributo à análise das publicações nacionais e internacionais à luz da Sociologia das Ausências. A reflexão busca entender se as abordagens adotadas para o idoso nas produções cientificas analisadas concernem a perspectiva de: ser descartável; ou indivíduo tutelado e oneroso; ou ainda ator social, capaz de articular sua realidade.
Pode-se evidenciar com análise das produções cientificas publicada nos últimos dez anos, que as pesquisas também se ancoram na grande maioria, em pressupostos balizados pela cultura Ocidental. Nesse cenário o valor do indivíduo deriva da sua capacidade de produtividade sendo assim, o idoso perde valor frente ao declínio físico e ruptura com o mundo do trabalho, ausente de sua realidade, há exclusão social, devido ao declínio físico.
É verdade, que Boaventura Souza Santos na Sociologia das Ausências (2011), não abordou explicitamente o idoso, contudo o paralelo pode ser traçado com essa concepção, a medida que o autor, refletiu nessa concepção sobre índios, negros e mulheres, marginalizados de seu contexto pelas ideias Ocidentais. Numa cultura Ocidental capitalista, o diferente é tratado como igual a fim de que dissonâncias e particularidades sejam exclusas e veladas, pelo que é considerado global.
O estudo tem como contributo diferencial, traçar um paralelo entre a construção social idoso, esboçada nas produções acadêmicas nacionais e internacionais e evolução de suas publicações ao longo dos últimos dez (10) últimos anos (2010 – 2015). Ação balizada pela Sociologia das Ausências concebida pelo autor Boaventura de Santos de Sousa Santos.
Trata-se de uma pesquisa descritiva, de caráter qualitativo e quantitativo, cuja consecução valeu-se do estudo bibliométrico, primeiro semestre de 2015,
A análise bibliométrica realizada da produção cientifica dos últimos dez anos (2005-2015), demonstrou que grande parte, dos estudos sobre o idoso concerne uma visão ocidentalizada. Esses estudos denotam pesquisas funcionalistas que se preocupam somente com o declínio físico e adotam para a senioridade visões e saberes universais, não consideram aspectos culturais e heterogeneidade dos atores sociais.
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