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Diante da dialética prazer-sofrimento, as organizações em processo de mudança constante projetam relações de trabalho com intenso significado no mundo contemporâneo, no que tange a produção de saúde e/ou doença (MENDES; CHAVES; SANTOS, 2006). No âmbito da ciência administrativa, observa-se uma preocupação de pesquisadores com o tema, que resulta da crescente inquietação acerca da seriedade de se dedicar mais importância às pessoas na gestão de mudanças (SILVA, VERGARA, 2003).
Objetiva-se analisar as percepções de prazer e sofrimento de funcionários da clínica mencionada. De forma específica, objetiva-se descrever o perfil dos seus funcionários, mostrar a avaliação dada aos fatores de prazer e sofrimento e, elencar as características de cada cluster formado por cargo e fatores de prazer e sofrimento.
Diante do cenário produtivo contemporâneo, estudos sobre a psicodinâmica do trabalho tem sido empreendidos por diversas áreas do conhecimento entre variadas categorias profissionais e tem suscitado a relevância das vivências de prazer no trabalho e o sofrimento proveniente da dimensão atrelada à organização laboral, além do emprego de estratégias defensivas pelos trabalhadores (HOFFMANN; TRAVERSO; ZANINI, 2014).
A pesquisa empregou o método quantitativo e o locus da pesquisa foi uma clinica radiológica na cidade de Teresina. Utilizou-se o inventário sobre Trabalho e Riscos de Adoecimento (ITRA), com 51 (cinquenta e um) funcionários, de janeiro a março de 2015. Ao final, foram recebidos 35 (trinta e cinco) questionários válidos, que compuseram a amostra do estudo. Para análise dos dados, efetuou-se uma análise multivariada, cluster.
Foi estabelecida a formação de 3 clusters. O primeiro apresentou a maior concentração de cargos, seguido do cluster 3, e por fim, do cluster 2 com apenas coordenador de faturamento. Assim, os cargos presentes no cluster 1 foram: recepcionista, atendente, entregador de exame, faturista, manobrista, técnico em radiologia, enfermeira, digitador, coordenador de digitação, caixa, telefonista e higienizador. Enquanto, no cluster 3 foram: técnico em prótese, conferente e higienizador.
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