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Demandas sociais e ambientais passam a ser endereçadas pelo setor privado e propagam-se modelos alternativos, como os negócios sociais. Essas organizações têm como intuito solucionar problemas socioambientais utilizando-se de mecanismos de mercado. Assim como nota-se a ampliação do campo dos negócios sociais, cresce também a procura por experiências profissionais com maior significado e vinculadas a um propósito de transformação social.
Ao se considerar a importância da ação das pessoas na consolidação dos negócios sociais, assim como a expansão dessas oportunidades profissionais, surge a necessidade de estudos que analisem a relação entre negócios sociais e as opções de carreira dos jovens. O presente trabalho tem o objetivo de investigar o interesse de estudantes de administração em seguir carreira em negócios sociais e quais fatores influenciam essa decisão.
Inicialmente destaca-se a importância e expansão dos negócios sociais (AUSTIN et al, 2006; COMINI; BARKI; AGUIAR, 2012; YOUNG, 2008, 2009). Em seguida, relacionam-se as mudanças nas relações com o trabalho com a discussão de novas carreiras (ARTHUR, 1994; HALL, 2002, 2004), atuação profissional responsável (TAMS; MARSHALL, 2011; WRZESNIEWSKI, 2002) e influências geracionais (GIBSON et al, 2009; VELOSO et al, 2011) para decisões profissionais dos jovens.
A metodologia desta pesquisa é descritiva e quantitativa, utilizando uma survey para coleta de dados. O público-alvo é composto por 265 alunos de administração de três escolas de negócios de São Paulo, que além de representar pioneirismo e qualidade no campo da administração, ocupam posição de liderança nas discussões sobre negócios sociais. Na análise dos dados foram utilizadas técnicas estatísticas de análise para obtenção dos resultados, uma vez que se trata de uma pesquisa quantitativa.
Constatou-se que mais de um terço demonstraram intenção em atuar em negócios sociais. Os fatores atrativos mais relevantes foram gerar impacto positivo na sociedade e realização pessoal, enquanto os fatores restritivos apontaram baixa remuneração, incerteza quanto ao futuro desse tipo de organização e escassez de recursos e infraestrutura, que impactam no desejo de seguir opções de carreira menos tradicionais, com maior autonomia e significado mais profundo.
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