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Instituições de Ensino Superior (IES), em razão de sua relevância social e crescente expansão, são foco de pesquisas acadêmicas nacionais e internacionais. A expansão das IES exigiu que o compromisso social das universidades, no tangente à atenção devotada à sociedade, fosse além da imposição legal. Assim, IES desenvolvem ações pautadas em responsabilidade social. Essas ações sociais podem gerar capital humano e capital social e, portanto, atuar no desenvolvimento socioeconômico de comunidade.
Mediante a relevância da responsabilidade social em IES, que visa à geração de desenvolvimento social e econômico, este trabalho busca responder a seguinte questão de pesquisa: Qual a percepção do profissional assistido pelo programa “Tô de Olho” a partir dos princípios de capital humano e capital social? Em razão disso, tem-se como objetivo geral investigar o projeto social “Tô de Olho” na percepção do profissional assistido, a partir dos princípios de capital humano e capital social.
De acordo com os teóricos referenciados, a RS empresarial deve ser entendida como a representação da organização empresarial perante a sociedade, e não somente como agente de interesse econômico. Na educação superior, a RS contribui para qualidade de vida da comunidade, amenizando a desigualdade social e promovendo a inclusão. Assim, a IES torna-se agente da formação do capital humano e do capital social, dimensões complementares e essenciais para o desenvolvimento sustentável da sociedade.
Foi desenvolvida uma pesquisa de natureza qualitativa com aplicações de entrevistas em profundidade. Os entrevistados foram "flanelinhas" (profissionais que vigiam carros) assistidos por um programa social de IES. O instrumento de coleta utilizado foi um roteiro semiestruturado, a melhor técnica para atender aos objetivos propostos.A pesquisa foi baseada na análise de discurso e as análises e categorizações dos achados foram desenvolvidas com o apoio do Software ATLAS Ti versão 7.2.
Como resultado, constatou-se que a contribuição trazida pelo projeto “Tô de Olho” aponta indícios de que investimentos em capital humano propiciam situações favoráveis à autoestima dos indivíduos, aspecto não identificado em nenhum dos estudos referenciados ou nas bases de periódicos pesquisadas. Ademais, foram identificados outros benefícios trazidos pelo programa, como educação, desenvolvimento econômico, busca pela coletividade, cooperação e união de esforços e valores éticos.
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