RESUMO
Código: 144
Tema: Estrutura de Capital e Valor

 

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Evidências do Efeito da Tangibilidade Na Velocidade de Ajuste do Endividamento das Empresas Não Financeiras Norte-americanas
 

O tema estrutura de capital é o objeto de uma infinidade de estudos sob as mais variadas técnicas econométricas ao longo do tempo e, mesmo assim, não há um consenso em relação aos seus determinantes, existência de uma estrutura de capital ótima, ou mesmo, a irrelevância do nível de endividamento. Este trabalho está baseado na teoria do trade-off que defende a existência de uma estrutura de capital alvo, ponderando diversos fatores de influência sobre o endividamento ideal de cada empresa.

Problema de Pesquisa: A velocidade de ajuste para o endividamento alvo das empresas com maior tangibilidade é menor em relação às empresas com menor relevância dos ativos tangíveis? O objetivo deste estudo é investigar se as empresas com maior grau de tangibilidade, além de possuírem maior potencial de endividamento, com efeito direto sobre o endividamento alvo, também apresentam alterações na velocidade de ajuste em direção ao seu nível de endividamento ótimo.

Segundo Rasiah e Kim (2011) o grau de endividamento das empresas oscila em torno do seu nível ótimo em face das imperfeições do mercado que produzem custos para o seu ajuste (custos de transação). Portanto, a abordagem dinâmica da teoria do trade-off parte da premissa de que as empresas possuem um endividamento variável, cujo fator de ajuste ao longo do tempo em direção ao alvo (nível ótimo) depende da relação benefícios versus custos (Frank & Goyal, 2008).

É empregado o modelo de ajuste parcial em painel de dados dinâmico, com estimadores de Arellano-Bond (AB) e Blundell-Bond (BB), visando determinar a velocidade de ajuste do endividamento de empresas não financeiras norte-americanas no período entre 2004 e 2013. São utilizadas três amostras: uma com todas as 2.107 empresas; a segunda inclui 1.053 empresas com maior grau de tangibilidade (média de 36,8%); e a terceira inclui 1.054 empresas com menor grau de tangibilidade (média de 10.7%).

Os resultados empíricos apresentam evidências de menor velocidade de ajuste para o grupo de empresas com maior tangibilidade (? = 31,5% e 47,9%, pelos modelos BB e AB, respectivamente), seguida pelo grupo com todas as empresas (? = 32,9% e 55,8% pelos modelos BB e AB, respectivamente), e pelo grupo de empresas com menor tangibilidade (? = 36,1% e 57,0%, pelos modelos BB e AB, respectivamente).