RESUMO
Código: 175
Tema: Gestão Ambiental

 

Abrir
Arquivo

 
A Mecanização do Setor Sucroalcooleiro Paraibano: Um Estudo A Partir da Teoria do Custo Evitado
 

O Brasil é o principal produtor mundial de cana-de-açúcar e figura entre os maiores exportadores mundiais de açúcar e álcool. A Paraíba é terceiro maior produtor da Região Nordeste. A colheita da cana de açúcar se dá de forma manual e ainda são utilizadas queimadas do canavial para facilitar o corte. As queimadas afetam a saúde do trabalhador e o meio ambiente.

Questão central deste estudo: investir na colheita mecanizada é uma alternativa viável do ponto de vista ambiental e econômico para os produtores paraibanos? Objetivo: analisar a viabilidade econômica e ambiental dos produtores de cana-de-açúcar paraibana substituírem a colheita manual por colheita mecanizada de cana.

A preocupação com a mecanização da produção sucroalcooleira e eliminação das queimadas desagua na questão ambiental e em como os produtores e consumidores podem internalizar os custos ambientais e econômicos envolvidos no processo produtivo. As questões do meio ambiente, abordadas pela ótica econômica, estão fundamentadas nas falhas de mercado, na concepção de que o mercado em concorrência perfeita via mecanismos de preços, falha no seu papel de alocação eficiente dos recursos na sociedade

O Método do Custo Evitado (MCE) é um método de valoração econômica que leva em consideração os custos de produção buscando a otimização do uso dos recursos naturais, estimando o valor do recurso ambiental levando-se em consideração atividades defensivas que minimizem os impactos ambientais. O instrumento utilizado para operacionalizar o MCE foi a análise de viabilidade econômica, considerada necessária na tomada de decisão. Neste estudo o método escolhido foi o Valor Presente Líquido (VPL).

Os resultados da aplicação do cálculo do Valor presente líquido sugerem que, substituindo toda a colheita manual da Paraíba pela mecanizada e assim adquirindo um número expressivo de colheitadeiras, percebe-se que o projeto é viável, pois o mesmo apresentou um VPL positivo de R$ R$867.839.618,69. Este valor, portanto, representa o custo evitado de não queimar o canavial e assim evitar danos ambientais em 2011.