RESUMO
Código: 217
Tema: Comportamento Organizacional

 

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Gestão da Diversidade Nas Organizações Brasileiras: Um Estudo de Gênero e Raça
 

A temática diversidade tem ganho importância para as organizações no sentido de aumentar a lucratividade por meio da exposição das empresas frente a sociedade. Em países desenvolvidos como os Estados Unidos, por exemplo, o estudo da diversidade tem tido maior foco e relevância. No Brasil, este fica prejudicado por esbarrar em questões de preconceitos raciais e de gênero que não permite o avanço e a aplicabilidade em totalidade nas organizações, nota-se uma tratativa artificial ao tema.

A questão de pesquisa que orienta este estudo é: como a gestão da diversidade tem sido tratada no ambiente corporativo nas perspectivas de gênero e raça, quando estes ocupam cargos de chefia e de maior escalão? O objetivo da pesquisa é investigar como a gestão da diversidade tem sido tratada no ambiente corporativo nas perspectivas de gênero e raça, quando estes ocupam cargos de chefia e de maior escalão.

Entende-se diversidade como um mix de pessoas com diferentes identidades interagindo em um único sistema social (FLEURY, 2000). Quanto ao gênero, as mulheres conquistaram seu espaço no mercado de trabalho, todavia, questiona-se sua atuação nos níveis mais altos das organizações (BRASIL; PEREIRA; MACHADO, 2009). Quanto a diversidade no contexto de raça nas organizações, é dada pouca atenção a esta temática, pelo fato dos brasileiros se sentirem reservados ao discutirem este assunto (ROSA, 2014).

Foi avaliada a participação feminina e dos negros em cargos de chefia nas 30 maiores empresas, segundo a Revista Exame – Maiores e Melhores de 2013. Para a coleta dos dados, foi acessado os sites das empresas selecionadas que publicaram o Balanço Social (BS) nos anos de 2011 a 2013. Os dados coletados referem-se ao número total de empregados, total de homens, total de mulheres e total de negros. Utilizou-se estatística descritiva: cálculo da média, mediana e divisão da amostra em quartis.

O percentual médio de mulheres em cargos de chefia entre as empresas estudadas é de 18%, o que prova a supremacia masculina. No que tange a abordagem dos negros, percebe-se um pequeno avanço ao longo dos anos, porém o número de funcionários é pequeno em relação a raça branca predominante. Estes ocupam pouquíssimas posições de chefia, em média 13% do total dos cargos de chefia disponibilizados pelas empresas da amostra, nos anos estudados.