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A telemedicina é considerada um recurso estratégico para redução dos custos operacionais e para uma maior eficiência e eficácia dos diagnósticos de saúde (OMS, 2009), especialmente em uma conjuntura de crise na gestão da saúde pública do Brasil, que limita o acesso à saúde pública, gratuita e de qualidade aos cidadãos, preconizada no seio constitucional da nação. Dados do Hospital apontam que o número de acessos à telemedicina é muito baixo em relação ao número de atendimentos.
Esta pesquisa teve como objetivo examinar a percepção dos profissionais do Hospital de Trauma de Campina Grande – PB em relação a implantação da telemedicina, uma inovação tecnológica hospitalar. Para isto, evidencia-se a importância de narrar o processo de implantação da telemedicina no hospital e distinguir a percepção de cada atributo - vantagem relativa, compatibilidade e complexidade - por ambos grupos profissionais (médicos e enfermeiros).
A difusão de uma inovação é o processo de sua comunicação em determinado contexto social envolvendo indivíduos e grupos, geralmente integrantes de uma organização. Por sua vez, a adoção de uma inovação também é um processo, no qual os indivíduos e grupos decidem pelo seu uso, como melhor curso de ação disponível. O oposto da adoção é a rejeição, ou seja, quando ocorre a decisão pela não adoção (PEREZ e ZWICKER, 2010, p. 182).
Para coleta dos dados, utilizou-se a pesquisa documental e pesquisa com survey a 41 profissionais da área de urgência/emergência. O instrumento de coleta de dados foi de elaboração própria, baseado no modelo das cinco características percebidas da inovação de Rogers (1983), sendo que somente utilizou-se na formulação das proposições os atributos de vantagem relativa, compatibilidade e complexidade, por compreender serem estes os mais adequados para o objeto em estudo.
Observou-se há uma avaliação predominantemente positiva dos profissionais quanto à telemedicina, particularmente quando relacionada aos atributos de compatibilidade e vantagem relativa, apenas o atributo de complexidade da tecnologia obteve um maior grau de discordância. Somente 18% dos médicos afirmaram ter participado de capacitação relacionada ao tema, o que demonstra falhas na metodologia de implantação da telemedicina no Hospital.
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