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Hipoteticamente diversas são as razões podem contribuir para o crescimento do setor imobiliário, dentre as quais: diminuição da taxa de juros, aumento do crédito, diminuição da taxa de desemprego, aumento da renda e dos depósitos em poupança. É neste contexto, que este trabalho estuda a relação entre importantes variáveis econômicas relacionadas ao crédito e a renda com o desempenho da carteira teórica do setor, representada pelo índice BM&FBovespa imobiliário (IMOB).
O presente trabalho tem por objetivo principal analisar a influência de importantes variáveis relacionadas ao crédito e a renda no desempenho da carteira BM&FBOVESPA imobiliário (IMOB), e a associação entre essas variáveis no longo prazo. Especificamente, pretende-se ainda, estudar o mercado imobiliário e suas características e elaborar uma revisão da literatura relacionada aos estudos sobre a influência de variáveis de ordem econômico-financeira no desempenho de carteiras teóricas de ações.
Vários estudos científicos buscaram entender o comportamento das carteiras teóricas ações representadas por seus índices em Bolsa de Valores, baseando-se em variáveis que podem influenciar seu desempenho. Alguns destes são abordados e caracterizados com intuito de embasar teoricamente a investigação proposta no presente estudo, dentre estes se destacam: Nagano, Merlo e Silva (2003), Sarlo et al. (2005), Lucchesi e Famá (2006), Silva, Coelho e Luz (2008), Batista et al. (2010).
Trata-se de uma pesquisa quantitativa/descritiva com a aplicação da análise de correlação, da análise de regressão múltipla e do teste de cointegração. A partir destes métodos foi verificada a relação de entre o desempenho do IMOB e as variáveis dependentes selecionadas: (1) financiamento imobiliário, (2) inadimplência, (3) taxa Selic (4) taxa média de crédito para financiamentos, (5) renda média da população brasileira, (6) quantidade de pessoas desempregadas e (7) depósitos na poupança.
Os resultados apontam que as variações da poupança e da taxa Selic explicam aproximadamente 72% das variações do IMOB. A elasticidade do desempenho do IMOB quanto às alterações da poupança é de (- 0,8360) e da taxa Selic é de (- 0,3260). Dessa forma, há indícios de que uma variação de 1% no volume da poupança levaria a uma queda de algo em torno de 0,83% na variação do IMOB, enquanto que essa mesma variação na taxa Selic implicaria em uma redução de aproximadamente 0,38% na variação do IMOB.
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