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O trabalho dentro da sociedade se apresenta como um elemento fundamental por meio do qual o homem produz e sobrevive, mas também se realiza e se estrutura psiquicamente. Essa relação é permeada pela subjetividade individual e coletiva que este trabalho apresenta, podendo resultar em prazer e/ou sofrimento, objeto de estudo da psicodinâmica do trabalho. No entanto, percebe-se que há uma lacuna quanto à exploração da dialética prazer-sofrimento no cenário acadêmico.
Considerando a lacuna existente quanto à exploração da dialética prazer-sofrimento no cenário acadêmico, e sabendo-se que ainda não há estudos que buscam entender como a subjetividade da relação prazer e sofrimento se diferem e/ou assemelham entre mestrandos e doutorandos na execução de suas tarefas, o presente estudo se propões compreender a subjetividade da relação de prazer e sofrimento de mestrandos e doutorandos em Administração em suas tarefas.
A fundamentação teórica está subdividida em três principais tópicos que organizam e estruturam a proposta do presente estudo: (1) subjetividade no trabalho; (2) psicodinâmica do trabalho; (3) dialética do prazer e sofrimento. Sobre o último em específico examinado em mais detalhes no estudo, tem-se que é originado das mediações utilizadas pelos trabalhadores para manter a saúde, evitando o sofrimento e buscando alternativas para obter prazer (FERREIRA; MENDES, 2001).
Este estudo de caso, de caráter descritivo, teve, como ferramentas de coleta de dados, as entrevistas focalizadas (FLICK, 2009), realizadas com discentes de mestrado e doutorado de um curso de Administração de uma instituição de ensino localizada em Natal/RN. A análise dos dados foi feita de forma qualitativa, através de análise de conteúdo (BARDIN, 2011) e de análise comparativa (GIBBS, 2009), com auxílio do software Nvivo® 10.
Observou-se que, em um contexto geral, dos 26 códigos identificados na teoria, 11 destes afetaram os entrevistados, além de outros dois códigos, que emergiram dos dados da pesquisa. Em relação à comparação específica entre mestrandos e doutorandos, percebeu-se que ambos citaram, em relação ao sofrimento, o sentimento de desprazer como mais frequente e, em relação ao prazer, os mestrandos citaram mais o crescimento profissional, enquanto que os doutorandos citaram o relacionamento interpessoal.
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