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De forma habitual o ser humano precisa tomar decisões. Em muitas situações, para facilitar o processo de tomada de decisão ele se utiliza de heurísticas que, no entanto podem provocar decisões equivocadas. Estudos anteriores indicaram que experiência e formação na área financeira podem melhorar o processo decisório, mas não há evidências de que a formação na área financeira possa evitar que os tomadores de decisões não sejam menos suscetíveis a sofre influência de heurísticas em suas escolhas.
Baseado nas indicações presentes na literatura de que a formação na área financeira pode melhorar o processo decisório acerca de questões financeiras a questão de pesquisa que será investigada é se A aquisição de conhecimento promovida em cursos de graduação na área financeira torna o indivíduo menos suscetível a influência de vieses heurísticos. Assim, o objetivo do trabalho é verificar se estudantes da área de finanças são menos influenciados por vieses heurísticos do que os de outras áreas.
A influência de vieses heurísticos nas decisões provocando decisões equivocadas (Kahneman & Tversky, 1974, 1979; Lima & Spers, 2009; Ferreira, 2011). A teoria de finanças comportamentais, que incorpora variáveis psicológicas no processo decisório (Kardes & Kalyanaram, 1992; Castro Junior & Famá, 2002; Alberton, Dias & Porto Junior, 2013; ). A contabilidade mental utilizada intuitivamente (Thaler, 1999). Estudos anteriores (Baldo, 2007; Barros, 2005; Reina et al, 2009, 2010; Leal e Holz, 2014).
O estudo consiste em um quase-experimento realizado com estudantes de uma universidade brasileira, utilizada como universo estatístico, representado por discentes divididos em dois grupos, um referente aos estudantes da área de finanças e outro referente a estudantes das demais áreas dos conhecimentos. Os sujeitos pesquisados foram expostos a situações em que a tomada de decisão pode denotar a presença de processo heurístico enviesado e os resultados analisados estatisticamente.
No levantamento referente ao perfil de consumo, os estudantes da área de finanças afirmaram possuir um maior controle de suas finanças e entender que sua formação auxilia em decisões financeiras. Isso poderia influenciar uma análise mais inclinada para o resultado nas situações apresentadas, o que não ocorreu. Não houve diferença significativa nas escolhas dos dois grupos comparados (da área financeira x outras áreas). Ambos os grupos foram influenciados pelos vieses estudados em suas escolhas.
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