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Os estudos de declínio, ainda são incipientes no campo de estratégia, segundo Whetten (1980) apesar de ser um assunto de grande importância para as organizações, a pesquisa em declínio organizacional precisa ser mais explorada. No contexto brasileiro, a indústria têxtil tem sido afetada pelo declínio organizacional, tendo acarretado consequências sociais e econômicas negativas, devido à alta representatividade desta indústria no país (ABIT, 2013).
Quais são os elementos que contribuem para o declínio organizacional na indústria têxtil? Quais são as ações estratégicas empregadas pelas empresas que enfrentam o declínio nesse setor? Como as empresas brasileiras da indústria têxtil lidam com o declínio organizacional? O objetivo desse estudo é compreender as ações estratégicas das empresas têxteis que lidam com o declínio organizacional, a partir de um estudo multicasos em empresas têxteis brasileiras.
Os estudos de declínio organizacional são relativamente recentes, fundamentalmente desenvolvidos ao final dos anos 1970 com os estudos de ciclo de vida e a partir dos trabalhos de Whetten (1980). A literatura acadêmica em estratégia tem se dedicado mais aos estudos sobre crescimento e sucesso organizacional. Os executivos relutam em admitir que sua organização esteja sob ameaça e veem o declínio como um período transitório (Whetten, 1980).
As empresas selecionadas para essa pesquisa foram Tecidos Carlos Renaux, Vicunha Têxtil S.A e Cia de Tecidos Santanense, elas foram extraídas da base da Economática e apresentaram por três anos consecutivos retorno sobre ativos (RA) e lucro líquido (LL) negativo de 1997 à 2009. Para a coleta e análise dos dados foi utilizada a abordagem direct research de Mintzberg e McHugh (1985), sendo realizada a partir de uma pesquisa documental e história oral.
Os resultados apresentados estão focados nos período de 1997-2009. No entanto, a falta de recursos para enfrentar o ambiente mais competitivo, pela concorrência estrangeira, expôs as fraquezas de um setor protegido e desatualizado, ao ser exposto à abertura de mercado na década de 1990 (Torres et al., 2013). Durante o período avaliado, os fatos e ações são muito mais incisivos, pois as empresas já estariam fragilizadas. Os sinais de declínio aparecem bem antes do declínio de fato ocorrer.
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