RESUMO
Código: 318
Tema: Economia de Empresas

 

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Análise das Negociações do Consórcio do Funil Pela Ótica da Teoria dos Custos de Transação
 

No Brasil, às usinas hidrelétricas são responsáveis por gerar a maior parte da energia consumida por indústrias, comércios e pela população. Embora a geração de energia possa ser benéfica tanto para o Estado e as corporações, quanto para a população, sabe-se que a construção de usinas envolve interesses antagônicos. Diante da existência de tais conflitos, a Teoria dos Custos de Transação aborda novos pressupostos a cerca dos processos de negociação e para a elaboração de contratos.

O foco de investigação será apenas a Comunidade do Funil, tendo como objetivo geral dessa pesquisa investigar e analisar o processo de negociação do Consórcio do Funil pela Ótica da Teoria dos Custos de Transação, enfatizando a especificidades dos ativos, racionalidade limitada e o oportunismo envolvidos neste tipo de negociação.

No Brasil as usinas hidrelétricas foram eleitas como a principal fonte de energia elétrica. Porém o processo de negociação e implantação das mesmas é complexo. Na tentativa de entender a razão do surgimento das organizações, Williamson (1989) adota a Teoria dos Custos de Transação em sua pesquisa, considerando sua natureza e origem. O propósito principal e o efeito das instituições econômicas do capitalismo são o de economizar/reduzir os custos de transação.

Este estudo caracteriza-se como uma pesquisa qualitativa, que teve como objetivo analisar o processo de negociação do Consórcio UHE Funil. Para atender ao objetivo proposto, a pesquisa foi realizada por meio de visitas à Comunidade do Funil, para a coleta de dados. Foram realizadas entrevistas com os sujeitos da pesquisa, por meio de questionário semiestruturado. A técnica de análise utilizada no tratamento dos dados foi a Análise de Conteúdo.

Com base na teoria apresentada, foram definidas como categorias norteadoras da pesquisa a especificidade dos ativos, a racionalidade limitada e o oportunismo. Inferiu-se que a localização foi o ativo específico determinante para a negociação e formulação dos contratos. Em relação ao oportunismo e a racionalidade limitada, observou-se uma grande assimetria de informações entre consórcio e atingidos, e também uma situação com alto nível de incerteza, em ambas as partes.