RESUMO
Código: 322
Tema: Gestão Estratégica de TI e Governança de TI

 

Abrir
Arquivo

 
Tecnologia da Informação Nas Ifes: Um Recurso em Vias de (a)comoditização?
 

A gestão da tecnologia da informação (TI) nas instituições federais de ensino superior (IFES) no Brasil passa por profunda reforma, conduzida primordialmente por exigências de órgãos de regulação e controle externo, sob o emblema da governança. Sendo uma reforma que ocorre de “fora para dentro”, esta traz em seu bojo um pacote de soluções que deve ser implantado sob pena de influência nos indicadores e modelo de partilha de recursos federais.

Como forças coercitivas podem levar a TI nas IFES a adotar modelos de tal forma homogeneizantes (isomórficos) que as deixe susceptíveis à “comoditização”? O objetivo deste artigo é identificar como forças coercitivas podem levar a TI nas IFES a adotar modelos de tal forma homogeneizantes (isomórficos) que as deixe susceptíveis à “comoditização”, apontando preocupações e posicionamentos estratégicos para os gestores de TI dessas instituições.

Resgatam-se definições e conceitos da Teoria da Agência (Jensen & Meckling, 1976), governança (IBGC, 2015), neo-institucionalismo (DiMaggio & Powell, 1983), relação entre investimentos e retorno em TI (Dolci et al., 2014; Lunardi et al., 2014) e “comoditização” da TI (Carr, 2003).

Ensaio teórico fundamentado de um lado nas teorias da agência e neo-institucionalismo e, de outro, em observações empíricas decorrentes da vivência do autor como gestor de TI em uma IFES.

Forças coercitivas induzem a ação da gestão de TI nas IFES; o processo em curso de implantação da governança de TI nas IFES parece potencializar a tendência de “comoditização” da área por meio dos mecanismos isomórficos de regulação, normatização e mimetismo, conforme prevê o neo-institucionalismo. Transformada em commodity, a TI nas IFES perde capacidade de geração de valor e pode ser facilmente substituída, inclusive por meio de terceirização plena.