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Com o crescimento da indústria da Construção Civil, a geração de resíduos provenientes deste setor passou a consistir em um importante problema a ser sanado. Assim, novas formas de reaproveitamento destes resíduos e o desenvolvimento de ferramentas de gerenciamento têm sido a tônica em diversas pesquisas cientificas e trabalhos apresentados ao meio técnico, no intuito de se mitigar os impactos ambientais negativos da construção no meio ambiente, tanto natural quanto urbano.
A questão que direciona esta pesquisa é: Como a adoção da triagem dos resíduos, como forma de gerenciamento destes, pode, em uma obra, possibilitar a obtenção de indicadores econômicos positivos e configurar-se como uma ferramenta de inserção da variável ambiental na Construção Civil? Para responder a esta questão foi realizado um estudo de caso em um edifício comercial localizado na cidade de São Paulo, onde, pôde-se observar que o manejo conferido aos resíduos gerou ganhos significativos.
Os resíduos produzidos em uma construção podem representar um significativo passivo ambiental caso estes resíduos não sejam devidamente gerenciados. A comercialização e a reciclagem dos resíduos gerados nas obras de construção trazem benefícios que são abordados por diversas pesquisas nacionais e internacionais (ARIF et al., 2013 e OYEDETE et al., 2013). Yuan et al. (2011) expõem que os benefícios econômicos obtidos por meio da reciclagem dos RCC são enormes.
Apresenta-se um estudo de caso realizado durante as obras ,em que foi adotada como ferramenta de gerenciamento dos resíduos a triagem “in loco” e comercialização de parte destes com uma cooperativa de reciclagem. Esta pesquisa pode ser considerada de natureza qualitativa e traz o relato e a análise da complexidade dos procedimentos utilizados no gerenciamento dos resíduos de construção Classe A e Classe B.
A maior parte dos resíduos pôde ser classificada como sendo Classe A e Classe B, sendo os volumes e composição gravimétrica destes influenciados pela etapa executiva da obra. A triagem dos resíduos, de acordo com sua classificação, possibilitou redução nos custos de destinação final dos resíduos Classe A e valoração dos resíduos Classe B por meio da venda destes para uma cooperativa de reciclagem.
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