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A construção de usinas hidrelétricas está situada em um contexto complexo, que envolve os interesses de diferentes atores. Piacenti et al. (2003) assinalam que a construção de uma usina hidrelétrica gera vários impactos. Os principais afetados pela construção de barragens são os moradores das áreas alagadas, os quais são conhecidos na literatura como “atingidos por barragens”.muitas vezes as ações de RSE garantem os interesses empresariais, em detrimento do bem-estar das populações afetadas.
O objetivo geral desse trabalho foi identificar e analisar as implicações decorrentes da implantação da usina UHE Funil, na perspectiva de atingidos. Mais especificamente, buscou-se analisar essas implicações com base na participação e no acesso e transparência dos atingidos nos processos decisórios do empreendimento, a partir da Teoria de RSE.
As usinas hidrelétricas passaram a ser construídas no Brasil no final do século XIX.Os principais afetados pela construção de barragens são os moradores das áreas alagadas.Apesar dos esforços dos empreendedores do setor para tentar diminuir os impactos negativos da construção de barragens, vários impactos são gerados.Durante as últimas décadas, houve um grande aumento na preocupação sobre a RSE, inclusive nesses contextos, onde os discursos e ações de RSE são muito usados.
A pesquisa foi realizada por meio de revisão bibliográfica, análise documental e pesquisa de campo.A coleta de dados foi realizada por meio de entrevistas com questionário semiestruturado, totalizando 16 entrevistados, atingidos da comunidade do Funil. O critério de inclusão de entrevistados foi por conveniência e/ou acessibilidade. A técnica de análise utilizada no tratamento dos dados das entrevistas foi a Análise de Conteúdo. Os dados foram analisados sobre a perspectiva de RSE.
De forma geral, é possível concluir através dos relatos, que o consórcio adotou diversas ações voltadas para os atingidos da Comunidade do Funil. Pode-se considerar que os relatos demonstram que faltou acesso à informação e transparência quanto aos impactos sociais, econômicos e ambientais que seriam causados pela construção, além de uma falta de participação da população na busca por uma definição de critérios e medidas mitigatórias que fossem capazes de realmente minimizar os os danos sofridos
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