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A questão da retenção de talentos jovens e formação de linhas sucessórias sólidas a partir de posições de entrada no mercado de trabalho, tais como analistas e trainees, tem sido objeto de preocupação de grandes companhias multinacionais e ocupado páginas da mídia impressa e digital. A carência na produção de compreensão científica acerca dos jovens é identificada na na área da psicologia e na administração. A relevância às margens da produção acadêmica se fundamenta em pesquisas corporativas.
Investigar se jovens profissionais identificam contribuições para sua trajetória profissional após sua participação de um programa de desenvolvimento de competências no início de suas carreiras.
O arcabouço teórico foi construído acerca de carreiras (Meister & Willyerd, 2010; Briscoe, Hall & DeMuth, 2006; ) identidade (Guichard, 2009; Ribeiro, 2009) aprendizado nas organizações (Eboli, 2004; Salovey, 2005; De Meuse, Dai & Hallenbeck, 2010) e o aprendizado de competências (Guallino & Prevot, 2008; Pink, 2010) assim como a contextualização do programa objeto de estudo.
O estudo, qualitativo e exploratório, adotou duas técnicas distintas para coleta de dados: grupo focal e entrevistas individuais. Primeiramente foi realizado um grupo focal seguindo as premissas de Liamputong (2012) com quatro jovens egressos de um programa de desenvolvimento de competências com o foco da discussão voltado para a eficácia do programa. Posteriormente, foram selecionados a partir do grupo focal jovens que participaram de entrevistas buscando aprofundamento dos temas discutidos.
Os resultados apontam que a construção de vínculos de confiança é crítica para a criação de um espaço onde a discussão de valores no ambiente de trabalho faça sentido e seja proveitosa para o jovem. Isto é, a introjeção de conteúdos informativos é mais eficiente quando há forte vínculo emocional construído e imbricado na relação.
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