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O estudo das capabilities dinâmicas é uma das áreas de pesquisas mais atuantes e influentes em Administração no momento, em particular na Administração Estratégica De acordo com o Social Science Citation Index da base de dados ISI Web of Science, o número anual de publicações nessa área foi expressivo nos últimos dez anos.
O conceito de capabilities dinâmicas ainda não é claro, possui inconsistências (Di Stefano, Peteraf e Verona, 2014). Outra problemática no conceito de capabilities dinâmicas é de que ele foi elaborado para pertencer ao corpo teórico da Teoria Baseada em Recursos, apesar de existirem evidências que indicam o contrário.
Segundo Nelson e Winter (1982), as capabilities são constituídas principalmente da habilidade das empresas desempenharem e sustentarem rotinas; o exercício dessas capabilities também exige a posse de recursos pertinentes. Teece et al. (1997) aprimoram esse conceito com as capabilities dinâmicas, que são as habilidades das empresas criarem, incorporarem e mudarem competências e recursos internos e externos diante de mudanças ambientais, o que as tornam fontes de vantagem competitiva.
Esse trabalho é um ensaio teórico que pretende contribuir na resolução das duas problemáticas que prejudicam o entendimento do conceito de capabilities dinâmicas ao fundamentar esse conceito na Economia Evolucionária.
O trabalho traçou a evolução do conceito de capabilities com base na linha teórica da Economia Evolucionária de Nelson e Winter (1982), evidenciando que essa teoria fornece congruência para o conceito de capabilities. Esse paper também demonstrou que as capabilities dinâmicas que acessam recursos e competências além dos limites da firma contribuem na função de adaptação ao meio ambiente do conceito de capabilities dinâmicas.
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