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O governo federal a partir da década de 1990 tem desenvolvido e incentivado o crescimento de Instituições de Ensino Superior. A partir de então surge uma competição entre IES públicas e privadas por alunos, e nesse contexto, são disponibilizadas mais vagas do que candidatos no âmbito universitário. Para tal, surgem duas correntes: a baixa disposição na oferta de ensino qualificado oferecido ao aluno, e a atração de estudantes que desejam apenas um diploma após determinado tempo de estudo.
A evasão se apresenta para o sistema de educação e para o governo de maneira negativa, este fenômeno resulta em desperdícios de recursos financeiros, sociais e humanos. Nessa contexto, e a partir das dimensões derivadas de Tontini e Walter (2011) e das formas de evasão diagnosticadas por MEC/ANDIFES/ABRUEM/SESU (1996) surge a seguinte pergunta de pesquisa: Quais dimensões e formas de evasão que mais impactam na gestão de uma IES?
As formas de evasão encontradas na literatura são divididas em: evasão do curso, evasão da instituição de ensino e evasão do sistema. As motivações para evasão do ensino superior constroem oito dimensões: Qualidade do curso; colocação profissional e identificação com o curso; infraestrutura da IES, vida pessoal; atendimento na IES; disponibilidade de tempo de estudo; situação financeira; e necessidade de reforço acadêmico.
A pesquisa é quantitativa de caráter descritivo, por meio de levantamento em uma IES privada do Vale do Itajaí, no estado de Santa Catarina. A população diagnosticada foi de 164 evadidos. No entanto, os dados foram coletados por meio de questionário de 125 alunos evadidos do ensino superior. Para análise utilizou-se de estatística descritiva e coeficiente de variação com utilização do software SPSS.
Percebeu-se que a maioria (96 evadidos) trabalhavam em período integral diariamente e estudavam no outro período. Identificou-se que a carga de trabalho pode afetar o desempenho do estudante e, consequentemente, fazê-lo desistir.
Na dimensão colocação profissional e identificação com o curso observou-se, pela percepção dos alunos que a IES necessita criar estratégias que antecedem a entrada do aluno no curso, visto que muitos alunos evadiram-se pela falta de informação referente a cada curso.
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