RESUMO
Código: 615
Tema: Simbolismos, Culturas e Identidades Organizacionais

 

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Mulheres e A Cultura no Ambiente de Trabalho: Pressões Percebidas e Vivenciadas Pelas Mulheres no Mercado Segurador Brasileiro
 

As mulheres representam 57% do total dos 31 mil empregados no mercado de seguros brasileiro. Embora a participação percentual feminina venha crescendo, a diferença salarial e sua representatividade nos cargos executivos não refletem tal característica. Elas representam 70% na faixa salarial básica (dez menores salários). Quanto à representatividade nos cargos executivos (alta direção), apenas 20% das posições nesse nível hierárquico pertencem a profissionais do sexo feminino.

O trabalho pretende responder: quais as pressões percebidas e vivenciadas pelas mulheres no ambiente de trabalho no mercado segurador brasileiro? Tem como objetivo geral analisar as pressões percebidas e vivenciadas pelas mulheres no ambiente de trabalho no mercado segurador brasileiro. Além de analisar: 1) as atitudes na organização quanto à visão da mulher no trabalho; 2) a carreira feminina; 3) o apoio social; 4) a prevalência do assédio sexual; e 5) o enfrentamento.

A primeira parte traz uma revisão da literatura sobre “gênero e barreiras ao avanço feminino nas organizações”. Em seguida, é apresentado o trabalho de Bergman e Hallberg (1997), sobre problemas relacionados a gênero e o trabalho posterior (2002) que desenvolve o instrumento utilizado na pesquisa empírica. A seguir, é abordada a “divisão social do trabalho”. O trecho é finalizado com a literatura sobre “assédio sexual”, com atenção especial às suas características no Brasil.

A metodologia utilizada nesta pesquisa é de orientação quantitativa. É realizada a tradução (através de back-translation), validação semântica e adaptação cultural do “Questionário Mulheres e a Cultura no Ambiente de Trabalho”, destinado à avaliação de condições psicossociais no trabalho sob o ponto de vista feminino. É realizada uma análise fatorial confirmatória e análise do modelo de mensuração para verificar a melhor representação dos construtos teorizados.

Conforme os números apresentados na pesquisa, 83% das respondentes consideram que as mulheres em geral têm menos oportunidades de desenvolvimento profissional do que os homens. Na pesquisa realizada por Bergman e Hallberg (2002) em uma amostra na Suécia com 104 respondentes, 75% delas tinham a mesma opinião. Quanto à sua própria vivência, 58% das respondentes no Brasil consideram que suas próprias oportunidades são menores do que gostariam, contra 30% das respondentes na Suécia.