RESUMO
Código: 712
Tema: Aprendizagem nas Organizações

 

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Improvisação em Organizações: Uma Revisão Sistemática Sobre O Tema
 

A improvisação é um fenômeno bastante conhecido e estudado na área de artes e ainda desperta pouca atenção em outras áreas do conhecimento. Para tanto, foi realizado levantamento bibliográfico sobre trabalhos que utilizaram como referencial teórico a improvisação em organizações. Em ambientes complexos, marcados por contínuas mudanças em que ações anteriormente planejadas não surtem o efeito desejado, a improvisação ganha força e interesse pela sua compreensão dentro do contexto organizacional.

O estudo procurou responder a seguinte questão de pesquisa: Como ocorre a improvisação em organizações complexas em especial nas Instituições de Educação Superior? Este trabalho teve como objetivo analisar os trabalhos acadêmicos que abordam a temática improvisação em organizações complexas, especificamente em Instituições de Educação Superior, incluindo conceitos-chave relacionados, como a bricolagem.

Os estudos realizados sobre improvisação em organizações partiram da metáfora do que ocorre no Jazz (CUNHA, 2002). Em 1998 o periódico Organization Science destinou uma edição ao tema. Os autores Cunha, Cunha e Kamoche (2002) são os responsáveis por um artigo seminal sobre o assunto, Organizational improvisation: What, when, how and why, no qual – além da revisão da literatura a respeito de improvisação, buscaram distanciamentos e aproximações entre improvisação e outros tópicos correlatos.

A metodologia adotada para este estudo foi a Revisão Sistemática, com abordagem qualitativa da literatura. Para realização dessa revisão sistemática foram utilizados como fontes de dados: o Portal de Periódicos da Capes, o Portal de Periódicos da ANPAD, os anais dos eventos da ENANPAD, o Banco de Teses e Dissertações da USP e o Banco de Teses e Dissertações da Fundação Getúlio Vargas (FGV). A escolha das fontes deu-se em função da maior representatividade dessas bases e bancos de dados na área.

A pesquisa realizada resultou em apenas quatro autores na literatura nacional:Aranha e Garcia (2005), Oguri, Chauvel, Suarez (2009), Flach e Antonello (2010, 2011a, 2011b, 2012) e Kirschbaum, Sakamoto e Vasconcelos (2006, 2014). Chama atenção o pequeno número de autores que se dedicaram ao tema, mesmo que se trate de fenômeno tão recorrente nas organizações. Percebe-se ainda que a maioria é de ensaios teóricos, o que demonstra um campo ainda bastante fértil para novos estudos.