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O conceito de Corporate Social Performance (CSP) surgiu na década de 70 (Wood, 2010), para descrever o envolvimento e o impacto das empresas na esfera social, como um ferramental que permitisse tal mensuração (GOND; CRANE, 2010). Ao longo de seu desenvolvimento este construto foi gradativamente associado a uma gama de teorias coexistentes na literatura de Business Ethics, que o cercaram de complexidade, favorecendo o emprego impreciso de suas definições (SCHWARTZ; CARROLL, 2007).
Pesquisas empíricas sobre CSP estão em grande parte, desconectadas de sua definição conceitual, o que compromete a validade das mesmas, e, ocasiona um desalinhamento de posicionamentos nos estudos (GRIFFIN; MAHON, 1997; GOND; CRANE, 2010). Os domínios de CSP são controversos, fluidos, ambíguos e difíceis de pesquisar (WOOD, 2010). Diante deste gap o objetivo deste trabalho é: analisar a evolução conceitual do construto CSP nos estudos empíricos publicados no período de 1975 à 2014.
Duas correntes teóricas são predominantemente associadas ao construto de CSP, quais sejam, Teoria da RSC e Teoria dos Stakeholders (Gao, 2008). Ao revisitar a literatura, verifica-se a partir da evolução deste construto, a existência de modelos teóricos distintos, à exemplo de Carroll (1979), Wartick e Cochran (1985), Wood (1991), Clarkson (1995), Carroll (2000), Griffin (2000), Barnett (2007) e Siltaoja (2014). Estes modelos se dividem entre ambas as abordagens e alguns se fundamentam em ambas.
Empreendeu-se uma pesquisa qualitativa, de caráter bibliográfico e descritivo, a fim de analisar determinadas características acerca da produção científica sobre CSP. A coleta foi realizada na base de dados ISI Web of Knowledge. Os dados foram analisados utilizando-se a técnica de análise categorial, dividida em duas etapas: análise descritiva: (ano, periódico e abordagem metodológica), e análise qualitativa: (fundamentação teórica, conceito e variáveis dos modelos empíricos).
Os resultados da análise de 105 artigos apontam que as definições de CSP mais empregadas são as de Wood (1991) e Carroll (1979). A partir da emersão da abordagem mista (RS/STK), a mesma é predominantemente empregada. Inventariadas as variáveis de CSP, observou-se que as mais difundidas são: meio ambiente, empregados e comunidade. Verificou-se que o construto CSP se desenvolveu sem assumir um padrão específico, tangenciando para uma abordagem mista, envolvendo questões sociais e stakeholders.
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