A análise do desempenho organizacional é um dos instrumentos gerenciais que auxiliam as organizações na condução dos negócios. Por meio de medidas controle para avaliação de desempenho, as organizações conseguem monitorar, comparar e avaliar as atividades organizacionais. Segundo Catelli (2001), a avaliação do desempenho é um processo de julgamento com base em informações gerenciais para que o usuário compreenda a situação organizacional.
O desempenho financeiro é uma das principais preocupações referente à avaliação de desempenho organizacional para as IES. A sustentabilidade financeira, principalmente para as IES privadas ou comunitárias, é uma preocupação constante para os gestores universitários, uma vez que os alunos representam a principal fonte de recursos. Diante desse cenário, surge a seguinte pergunta de pesquisa: Qual é a eficiência financeira dos cursos de graduação de uma IES comunitária?
Na literatura, estudos anteriores também avaliaram o desempenho organizacional de unidades internas de IES, como cursos de graduação, centros e departamentos acadêmicos. Algumas discussões sobre o tema ocorreram nas pesquisas de Mello et al. (2004), Alencastro e Fochezatto (2006), Cavalcante e Andriola (2012), Rosano-Peña (2012), Giacomello e Oliveira (2014) e Soliman et al. (2014). Esses estudos mediram a eficiência de unidades universitárias, considerando aspectos técnicos e operacionais
A pesquisa caracteriza-se como descritiva, do tipo estudo de caso com abordagem quantitativa por meio da modelagem matemática de Análise Envoltória de Dados (DEA). A amostra do estudo totalizou 14 cursos de graduação com formação tipo bacharelado/licenciatura que possuem todas as fases implantadas da matriz curricular e que possibilitam duas entradas anuais. Esses cursos representam 75% da receita líquida dos cursos de graduação da Instituição.
Os resultados da pesquisa mostraram que 7 cursos são eficientes (50,00%) e 7 cursos são considerados ineficientes (50,00%). A técnica DEA revela que para buscar a eficiência financeira, os cursos ineficientes necessitam aumentar receitas e diminuir despesas administrativas e outras despesas operacionais.
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