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O ambiente local em que as pessoas vivem deve ser articulado para permitir a capacitação, melhor qualidade de vida, menos pobreza e menos exclusão social. Para o presente trabalho, parte-se do pressuposto de que as prefeituras possuem um importante papel na promoção do desenvolvimento local, por ser a instância mais próxima do cidadão. A capacidade da prefeitura do município de Montes Claros na gestão do desenvolvimento local é o objeto de análise da presente pesquisa.
O presente trabalho se apresenta como um estudo qualitativo cujo objetivo é analisar as percepções dos gestores públicos do município sobre a capacidade da prefeitura de Montes Claros/MG de planejar, implementar e gerenciar ações de desenvolvimento local. Como problema de pesquisa, ficou definida a seguinte questão: como se dá o planejamento e a implementação de políticas e ações de desenvolvimento local na prefeitura segundo a percepção dos gestores públicos locais de Montes Claros/MG?
Para Pereira e Herschmann (2003), em todo o processo de desenvolvimento local, as prefeituras municipais têm um papel essencial, pois é a instância mais próxima e direta no que se refere a ações de gestão em um dado ambiente. Cabe às prefeituras, segundo os autores, a tarefa de criar condições para que o conjunto de instituições voltadas para ações de interesse público possa colaborar positivamente na direção do desenvolvimento local.
A escolha pelo estudo de caso qualitativo se deu em função de ser esta uma investigação empírica que leva a investigações de fenômenos contemporâneos em profundidade, especialmente quando há pouca inteligibilidade na compreensão da complexidade social nas quais estes se manifestam (YIN, 2010). Assim, para a coleta de dados e tratamento do tema, foram entrevistadas 15 autoridades locais no período de janeiro a março de 2015. Os dados foram tratados mediante análise qualitativa de conteúdo.
Foram relatadas, principalmente, dificuldades orçamentárias e políticas, uma vez que os entrevistados afirmaram que as preocupações com desenvolvimento local são, na estrutura de gastos das prefeituras, apenas acréscimos não prioritários, pois não estão relacionados aos objetivos delimitados pelos governos estadual e federal, que são as principais fontes de repasse de recurso e de controle governamental.
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