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A competitividade acirrada em âmbito global, numa época que preconiza a gestão do conhecimento, reitera a importância de os países constituírem ambientes de inovação sólidos. Estes devem ser caracterizados, principalmente, por uma rede de interações entre diversas instituições, constituindo-se num sistema dinâmico. No Brasil, as universidades federais, frente ao processo de desenvolvimento científico e tecnológico vigente, ganharam destaque e se tornaram atores fundamentais nesse contexto.
Dado os recentes incentivos para legitimação da estrutura da inovação nas universidades federais e o potencial inerente a essas instituições para o desenvolvimento de pesquisa básica (científica) e aplicada (tecnológica), delineou-se como objetivo principal deste artigo analisar o potencial de produção científica e tecnológica das universidades federais brasileiras, delineando as instituições que se destacam e se há uma relação entre produção científica e tecnológica.
As principais frentes teóricas que fundamentaram este artigo compreenderam os estudos sobre a abordagem dos sistemas de inovação, destacando, o modelo Hélice Tríplice e, sobretudo, a atuação da universidade neste contexto (EDQUIST, 1997; ETZKOWITZ; LEYDESDORFF, 2000). Além disso, dissertou-se sobre o papel das dimensões científica e tecnológica para o desenvolvimento dos países, assim como, a relação entre elas e os indicadores utilizados para mensurá-las (ARCHIBUGI; COCO, 2004).
Adotou-se uma abordagem quantitativa, com coleta de dados secundários, sobre os constructos Competência Científica e Potencial Tecnológico, em sites governamentais e nos sítios eletrônicos de todas as 63 universidades federais brasileiras. Os métodos de pesquisa utilizados foram a Análise Fatorial e a Regressão Linear Simples, que possibilitaram a construção dos indicadores de potencial científico (IPC) e tecnológico (IIT) das universidades e medir a relação entre essas dimensões.
A partir dos indicadores de potencial científico e tecnológico, constatou-se que poucas universidades, como UFRJ, UFMG e UFRGS, apresentaram um desempenho muito superior às demais. Além disso, a partir da regressão estimada, constatou-se que o potencial científico tem uma influência positiva sobre o tecnológico, reiterando que ao atingir o seu fim último, de cunho científico, a universidade constrói uma base determinante para o avanço tecnológico, corroborando outros estudos da área.
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