RESUMO
Código: 831
Tema: Gestão de Operações em Serviços

 

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Critérios de Decisão Para Criação de Novas Franquias
 

O franchising é um dos modos de operação que mais crescem no Brasil - em 2014, a Associação Brasileira de Franchising contava 2492 marcas ativas no país. Algumas teorias de carácter econômico procuram explicar as razões para que levam as empresas a optar por esta estratégia, destacando, dentre outros pontos, os benefícios de trabalhar com unidades franqueadas ao invés de próprias e a viabilização da expansão do sistema com maior velocidade através do capital de terceiros.

Mas será que os tomadores de decisão e fundadores dessas franquias teriam se decidido por esta estratégia levando em conta simplesmente motivos econômicos? Este artigo buscou analisar como foi realizado o processo de decisão de expansão de negócio através do modelo de franquia. O objetivo do estudo é entender os critérios a priori (prévios à decisão) que os gestores levaram em conta para formatar a estratégia.

Teorias tentam explicar o franchising do ponto de vista econômico; a teoria da escassez de recursos, Oxenfeldt e Kelly (1969), segundo ela o que influenciaria uma empresa constituir-se em franquia seria a necessidade de obter recursos; a teoria da agência proposta por Lillis, Narayana, e Gilman, (1976) monitorar e controlar unidades franqueadas é mais barato que unidades próprias e teoria das formas plurais de Bradach e Eccles (1989)empresas aceitam participação de terceiros.

O estudo foi elabora em três etapas. 1.Entrevista em profundidade com um futuro franqueador; 2. Teste do instrumento com alunos de pós graduação; 3. Aplicação de questionário semi-estruturado com 9 empresas na EXPOABF. Os resultados foram tratado quantitativamente com base nas teorias de tomada de decisão e em um modelo pré definido pelos autores utilizando um diagrama de influência.

As incertezas de mercado não são influenciadas pela sub-decisão de escolha da estratégia, isto é, são tratadas neste modelo como variáveis independentes sobre as quais há pouco ou nenhum controle da empresa, principalmente nos casos da situação ambiental e dos fatores institucionais. As incertezas de mercado, por outro lado, afetam diretamente a definição do modelo de governança, devendo ser consideradas nesta sub-decisão.