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O processo de internacionalização das economias de países emergentes criou grandes oportunidades para o crescimento de negócios nos mais diversos setores. Assim, não apenas as empresas de países desenvolvidos encontram e exploram oportunidades nas economias emergentes, mas também as empresas destas economias se expandem internacionalmente. As motivações para a internacionalização incluem aspectos como o expansão dos mercados e redução da dependência do mercado interno.
A investigação sobre as variáveis que contribuem para o aumento do grau de internacionalização de empresas brasileiras é fundamental para o avanço do conhecimento nesta área. Como algumas empresas multinacionais se internacionalizam com maior velocidade e possuem melhor desempenho do que outras, neste estudo busca-se especificamente examinar como a experiência internacional e a diversificação de negócios influenciam no grau de internacionalização das empresas multinacionais.
Dentre as variáveis que contribuem para o grau de internacionalização, uma delas é a própria experiência internacional, já que uma empresa pode se internacionalizar na medida em que vai ganhando conhecimento (Johanson & Wiedersheim, 1975; Johanson & Vahlne, 1977). Outra variável é a diversificação de negócios que possibilita o desenvolvimento de novos produtos ou serviços, e ainda pela utilização de diferentes bases tecnológicas (Sereia, Camara, & Vieira, 2011).
O estudo quantitativo envolveu dados secundários do Índice de Transnacionalidade de Empresas Brasileiras disponibilizado pela Fundação Dom Cabral (FDC) para aferir o grau de internacionalização. Outros dados foram coletados do Observatório de Multinacionais Brasileiras, abrigado pela Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM), e informações da BM&FBovespa. A amostra foi composta por 43 empresas de capital fechado e aberto e os dados foram analisados por meio de modelos de regressões.
Foi observado que a diversificação setorial é uma variável que influencia positivamente o grau de internacionalização de empresas multinacionais brasileiras. Já a experiência internacional não interferiu no grau de internacionalização. Isto indica que empresas nacionais mais diversificadas em termos de setores da atividade, podem avançar de forma mais efetiva para o mercado internacional do que aquelas que desenvolvem atividade em menor número de setores
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