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A construção do SUS nos anos de 80 revelou o desejo social por redemocratização e mudanças profundas em relação ao poder público. Mesmo após mais de 30 anos o SUS ainda enfrenta inúmeras barreiras, especialmente aquelas relacionadas ao modelo assistencial e ao avanço tecnológico. A complexidade do sistema só pode ser enfrentada através da articulação entre conhecimentos provenientes de diferentes campos e perspectivas (JUNIOR; ALVES, 2007), o que revela a importância da Gestão do Conhecimento.
O artigo trata da Gestão do Conhecimento (GC) como elemento fundamental para a gestão e políticas públicas dedicadas ao Sistema Único de Saúde (SUS). O objetivo é delimitar qual a orientação paradigmática, daquelas adotadas por Gloet e Berrel (2003), pode ser considerada preponderante nas ações por parte do poder público em relação à saúde no Brasil, delimitando a importância dada ao conhecimento como recurso do sistema. Para isto políticas públicas destinadas à saúde foram analisadas.
O artigo trata da GC como uma coleção de processos que utilizam conhecimento, criando-o e disseminando-o a fim de atingir objetivos organizacionais (Teixeira Filho, 2000), que implantada de forma coordenada cria vantagens competitivas sustentáveis (QUINN et al., 1997). São definidos sucintamente alguns modelos de GC como os adotados por Terra (2002); Nonaka e Takeuchi (1997); Pereira (2000); Choo (2003); dentre outros. São delimitadas ações importantes na criação do SUS e sua operacionalização.
As orientação paradigmáticas adotadas por Gloet e Berrel (2003) são ponto central de análise neste artigo. Para os autores tomaram como base os conceitos defendidos por Thomas Kuhn’s (1970) e George Ritzer (1975), delimitando então que as ferramentas e métodos usados para a prática da GC podem ser vistos como o efeito de formas dominantes de conhecimento. Assim a GC pode ser alicerçada na Tecnologia de Informação (TI); na gestão dos recursos humanos ou em relação à cultura organizacional.
A análise sobre algumas ações públicas direcionadas à saúde como o DataSUS (Departamento de Informática do SUS); o SIASUS (Sistema de Informações Ambulatoriais do SUS); o CNES (Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde); a BVS Biblioteca Virtual em Saúde); o Banco de Preços (BPS); o Portal da Inovação na Gestão do SUS; a SAGE (Sala de Apoio à Gestão Estratégica); demonstra que as políticas públicas e a maior parte das ações governamentais em relação à GC no SUS são voltadas para o uso de TI
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