As restrições ao comércio colocam o Brasil como protecionista diante de seus parceiros comerciais.
Nesse sentido, compreender o impacto das Medidas Não Tarifárias (MNTs) sobre as importações oferece suporte às negociações internacionais. Nesse trabalho, visa-se estimar, por meio de um modelo econométrico, os impactos das MNTs sobre as importações brasileiras de máquinas, aparelhos e materiais elétricos provenientes da China entre 2008 e 2012.
Tais itens detêm maior participação da pauta de importações brasileiras, correspondendo a aproximadamente 27% do valor total. Desse montante, a China tem participação média de 26%, justificando a relevância da pesquisa. A hipótese é que a incidência de MNTs afeta o fluxo de importações do Brasil.
Os dados foram extraídos das bases Ipeadata, IBGE, AliceWeb e WITS. Para a estimativa, foi adaptado o modelo proposto por Kee, Nicita e Olarreaga (2009). A partir dos coeficientes estimados, foi calculado um índice de restrição comercial do Brasil em relação à China.
Os resultados evidenciaram o reflexo negativo das MNTs sobre as importações da China, validando a posição de protecionismo em que o Brasil se coloca.
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