RESUMO
Código: 928
Tema: Estratégia e Sustentabilidade

 

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Teoria das Externalidades: Uma Análise da Relação Com Os Argumentos da Sustentabilidade
 

As discussões acerca de externalidades motivaram diversos estudos a partir dos argumentos propostos por Pigou (1924), reconhecida como teoria das externalidades por considerar a existência de externalidades a justificativa para a intervenção do governo na criação de impostos marginais relativos aos danos externos causados pelos impactos das atividades empresariais (BENNETT, 2012; KAPLON, 2012). Diversos estudos consideram as taxas pigouvianas como medidas para mensurar e avaliar externalidades.

Impactos ambientais e as relevantes externalidades afetam o bem-estar e o potencial de bem-estar dos seres humanos em lugares distantes, bem como o das gerações futuras (BITHAS, 2011). Diante deste contexto, surge a problemática de pesquisa: As discussões acerca das externalidades consideram os efeitos no ambiente econômico, social, ambiental e/ou em conjunto? Com o objetivo de identificar se as discussões acerca das externalidades consideram os efeitos no contexto do tripé da sustentabilidade.

A primeira abrangente discussão sobre externalidades, denominada Teoria das Externalidades, aborda as preocupações com os efeitos da poluição e contempla os custos e benefícios fiscais (taxas e subsídios) como forma de regulação, tal abordagem é atribuída ao trabalho de Pigou (1920). A compreensão das externalidades, considera a abordagem dos custos econômicos, mas também pelos custos ambientais externos, considerando que ambas as situações podem afetar o bem estar social (JOSKOW, 1992

Utiliza-se o processo Knowledge Development Process– Constructivist (ProKnow-C), para a seleção do portfólio, o qual contempla quatro etapas: palavras-chaves; bases de dados; busca de artigos; aderência (ENSSLIN et al., 2010). A seleção inicial contempla 2.451 artigos e após as etapas do ProKnow-C, a análise sistêmica observa quatro abordagens para os estudos: (i) abordagem conceitual; (ii) forma de mensuração das externalidades; (iii) segmentos da análise; (iv) perspectivas de externalidades.

Observou-se no processo da análise sistêmica que 58,33% dos estudos acerca de externalidades contemplam abordagens econômico-financeira e ambiental, 20,83% abordagem do contexto ambiental, 8,33% apenas abordagem econômico-financeira e 12,50% contemplam abordagem econômico-financeira, ambiental e social. Ainda, 20,83% dos estudos ponderam argumentos sobre o efeito intergeracional das externalidades; 16,67% sobre o efeito do consumo; 12,50% agregam externalidades sobre impostos e taxas.