RESUMO
Código: 937
Tema: Organização e Processos para Inovação

 

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Desenvolvimento da Capacidade de Inovação Na Indústria Farmacêutica: O Caso Phytos
 

O desenvolvimento de medicamentos demanda uma diversificada, flexível e capacitada base industrial, que possa transformar os resultados de P&D em inovação. As organizações do setor farmacêutico, portanto, precisam desenvolver suas capacidades de inovação e ampliar o conhecimento organizacional que as habilitem a renovar suas competências e responder às mudanças impostas pelo ambiente. Compreende-se, pois, que a capacidade de inovação seja uma capacidade dinâmica.

Como ocorre o desenvolvimento da capacidade de inovação de fitomedicamentos na Phytos? Objetivo geral: analisar o desenvolvimento da capacidade de inovação de fitomedicamentos da Phytos nos últimos dez anos. Objetivos Específicos: a) Verificar o comportamento das competências ao longo do desenvolvimento da capacidade de inovação de fitomedicamentos; b) identificar as mudanças estratégicas mais relevantes para o desenvolvimento da capacidade de inovação no período considerado.

O processo de mudança relaciona-se às ações, interações e reações entre várias unidades e atores, internos e externos, interessados em conduzir a empresa de uma situação atual p Capacidade um estado futuro desejado (PETTIGREW, 1987; VAN DE VEN: POOLE, 1995). Capacidade Dinâmica diz respeito à habilidade de integração, construção e reconfiguração de competências internas e externas da empresa para responder com rapidez às mudanças ambientais (TEECE; PISANO; SHUEN, 1997).

A estratégia de pesquisa adotada foi de estudo de caso único na Phytos, primeira empresa brasileira a desenvolver um fitomedicamento. Os dados foram coletados por meio de entrevistas semi-estruturadas com quatro profissionais de diferentes áreas: pesquisa e desenvolvimento; controle de qualidade e produção. Também foram utilizadas observações diretas e análise de documentos. A análise dos dados se deu por meio de categorias e confronto contínuo com o referencia teórico.

O desenvolvimento da capacidade de inovação exigiu uma série de mudanças estratégicas, especialmente em seus recursos humanos, tecnológicos e na cultura organizacional. Para isso, a Phytos integrou e construiu novas competências coletivas, como o aumento da capacidade de desintegração do “fitomedicamento A” e a redução do tempo de obtenção dos insumos, aplicando-as a todos os fitomedicamentos da empresa.