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A questão da centralização versus descentralização da estrutura organizacional é amplamente discutida na literatura, tendo sido levantadas as vantagens e as desvantagens de cada uma. De acordo com Schulman et al.(2001), o modelo ideal seria um híbrido entre a centralização e a descentralização: uma central de serviços compartilhados (CSC), a qual permite que os gerentes se direcionem à administração das atividades diretamente relacionadas com o produto, e não com as atividades de apoio.
O estudo tem como objetivo selecionar na literatura um modelo de centralização versus descentralização, e aplicá-lo ao caso de uma empresa do setor de saúde, discutindo a sua aplicação. Para tanto, foi adotado o método de estudo de caso, elegendo-se como objeto de estudo a Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo, a qual consolidou a centralização, já existente, de suas três unidades, por meio da implantação de um centro de serviços compartilhados nas áreas financeiras, em 2012.
Mintzberg (2011), Vasconcellos e Hemsley (2002), Callahan (2000) discutem a questão da centralização x descentralização da estrutura organizacional. Jussani e Vasconcellos (2007), com base em Vasconcellos (1979), Stoner (1999), Johnson e Lenders (2001), Gaj (2002), Maximiano (2004) e Sobral et al. (2005), propõe um modelo conceitual para analisar o tipo de estrutura adequado. Murray et al. (2008), Coelho et al. (2010), Veit e Brenner (2010), Quinn et al. (2010) discutem a implantação de uma CSC.
Pesquisa qualitativa, caracterizando-se como um estudo de caso, cujo objeto de estudo foi a Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo. As informações para o estudo foram obtidas por meio de entrevista aberta com o Diretor Financeiro e de Serviços Compartilhados, realizada em 22/05/15, e dos dados disponíveis sobre o caso da Rede na Revista XMagazine (2013). A análise estruturada da adequação do processo de centralização foi realizada por meio do modelo de Jussani e Vasconcellos (2007).
O modelo de Jussani e Vasconcellos (2007), quando aplicado ao caso da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo, demonstra que há seis critérios, num total de nove, que favorecem a centralização: clareza de objetivos e facilidade de medir resultados; potencialidade de intercâmbio de recursos humanos e materiais; grau de interdependência entre atividades das unidades; turbulência do ambiente; dispersão geográfica, dificuldade de acesso e comunicação; custo da estrutura.
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