RESUMO
Código: 19
Tema: Temas Emergentes e Modismos em Gestão de Pessoas

 

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Influência da Identidade Organizacional no Potencial de Crescimento das Micro e Pequenas Empresas Brasileiras
 

Em um mercado extremamente competitivo, a Gestão de Pessoas necessita estar alinhada à estratégia da organização (BECKER et al., 2001). Esse alinhamento sofre, normalmente, a influência da percepção e ação dos proprietários e da alta administração das empresas (DAVIDSSON et al., 2009). Analisando-se a relação entre a visão do proprietário e o potencial de crescimento das organizações, Davidsson et al. (2009) concordam que elas possuem interdependências positivas.

O objetivo é verificar se há relação entre a visão do proprietário e o potencial de crescimento das micro e pequenas empresas brasileiras. Para mensuração da visão do proprietário, por meio do construto da Identidade Organzacionao, utilizou-se a escala de Foreman e Whetten (2002) , para a análise do potencial de crescimento,a escala de Rutherford et al. (2004).

As definições das dimensões que devam fazer parte da medida da identidade organizacional foram proposta por Albert e Whetten (1985). Para eles, as organizações podem possuir dois sistemas de valores, um normativo, enfatizando as tradições, os símbolos e a preservação de uma ideologia; e outro utilitário, focado na racionalidade econômica e na maximização dos lucros. E essa visão pode influenciar o potencial de crescimento das micro e pequenas empresas.

Para levantamento de dados, propôs-se uma Survey aos proprietários de MPE´s. Foi estruturado um questionário e enviado via internet. O universo de pesquisa foi composto por 3.211.045 empresas de micro e pequeno porte da Região Sudeste brasileira (SEBRAE; DIEESE, 2013). A amostra foi não probabilística por acessibilidade. O levantamento retornou 109 respostas válidas que foram analisadas estatisticamente.

Cruzando-se os dados do potencial de crescimento com o caráter de Identidade Organizacional, observa-se que existem influências da Identidade Organizacional e o potencial de crescimento das micro e pequenas empresas brasileiras. As empresas classificadas como utilitarista foram as que obtiveram baixo crescimento (46,4%) ou não tiveram crescimento (21,4%), já as empresa em crescimento concentraram 66% das empresas tidas como normativas.