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É comum estudiosos utilizarem um mapa geral para identificar os stakeholders da organização. Dentre os stakeholders primários, nota-se que o conceito de Comunidade é indefinido, representando um termo contendo todos os tipos de interesses que não se encaixam nos grupos de funcionários, clientes, fornecedores ou acionistas. Considerando a variedade de formas para definir o stakeholder comunidade, questiona-se como se daria o processo de criação de valor entre a empresa e esse stakeholder.
Para entender esse processo, faz-se necessário compreender o que vem a ser valor para o stakeholder comunidade. Diante disso, propõe-se investigar: Quais são os valores percebidos pelo stakeholder comunidade? Para tanto, delinearam-se os seguintes objetivos: analisar como a criação de valor para a Comunidade vem sendo abordada na literatura; identificar quais são esses valores; reconhecer como esses valores podem ser medidos; e apontar possíveis contribuições da variável Comunidade para o CSP.
A fim de assimilar o problema em questão, o quadro teórico desenvolvido teve como objetivo compreender o que seja valor na teoria dos stakeholders (FREEMAN, 1984; CLARCKSON, 1995; DONALDSON, PRESTON, 1995; JONES, 1995; FREEMAN, 2008; HARRISON, BOSSE, PHILLIPS, 2010; HARRISON, WICKS, 2013; HARRISON, BOSSE; 2013; SARTURI, SERAVALLI, 2014; TANTALO, PRIEM, 2014), como se entende Comunidade e esta como stakeholder das organizações (FREEMAN, 1984; DUNHAM, FREEMAN, LIEDTKA, 2006).
Esta pesquisa classifica-se como bibliográfica, exploratória e qualitativa. Os estudos foram coletados da base de dados ISI, de 1984 a 2014, e analisados através de análise de conteúdo. Compõem a amostra artigos que versam sobre criação de valor para o stakeholder Comunidade. As análises consistiram de duas etapas: descritiva (quantidade total de artigos por ano, por Journal e a abordagem metodológica) e qualitativa (dimensões valor distribuído, métricas de mensuração; contribuições para o CSP).
A amostra foi composta por 38 artigos, estando 28 deles concentrados entre os anos de 2009 a 2014, sendo 61% teórico-empíricos, a maior parte publicada no Journal of Business Ethics, e 28 analisam as Comunidades Locais e de Interesse como stakeholder da organização. Os resultados indicam a existência de um conjunto de recursos tangíveis e intangíveis distribuídos pela empresa, sendo as práticas mais empreendidas Programas Ambientais, Programas Sociais, Eventos Sociais e de Benefícios Econômicos.
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