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Em 2013, nem mesmo a alta de 15% no dólar reduziu gastos de brasileiros no exterior. Contrariando a conjuntura econômica, registrou-se um patamar histórico de gastos. Com a crescente demanda de brasileiros por viagens ao exterior, a emissão de passaportes é cada vez maior. Segundo a Polícia Federal, entre 2003 e 2013, o número de passaportes cresceu quase 300%, saindo de 713.578 para 2.131.112 emissões (BRASIL, 2015).
Apesar de a adoção de autosserviço agilizar o processo, a propensão à utilização de tecnologias reflete no resultado da operação. A proficiência, o otimismo, a dependência e a vulnerabilidade podem estimular ou inibir a adoção (RATCHFORD; BARNHART, 2012). O estudo discute diferenças significativas em relação à percepção quanto à propensão de usuários e não usuários do sistema de autosserviço de requerimento online de passaporte sujeitos à adoção de tecnologias.
O Technology Adoption Propensity Index (TAP-I) é a abordagem teórica da pesquisa. Ratchford e Barnhart (2012) A abordagem TRI (PARASURAMAN, 2000) serviu, em parte, de base para a proposição de nova abordagem conceitual de propensão à adoção de tecnologias (TAP-I). Assim como o TRI, o TAP-I inclui dois fatores facilitadores e dois inibidores. No TAP-I, otimismo e proficiência são contribuintes e dependência e vulnerabilidade são inibidores da propensão à adoção de novas tecnologias.
A pesquisa de campo descritiva e quantitativa foi realizada com a aplicação de questionário eletrônico com quatorze questões tipo Likert (1 a 7) e dezenove questões com respostas binárias (sim ou não). A coleta de dados ocorreu no ano 2014 e a amostra corresponde a 215 questionários válidos. O tratamento estatístico foi realizado com teste não paramétrico U de Mann-Whitney, bem como estatísticas descritivas, a exemplo de frequências.
Hipóteses testadas com o U test: a) Existem diferenças significativas de percepção entre usuários e não usuários do sistema de requerimento online de passaporte, quanto ao otimismo, proficiência, dependência e vulnerabilidade em relação à propensão às tecnologias; b) Existem diferenças significativas de percepção entre usuários e não usuários de TICs, quanto aos construtos citados; c) Existem diferenças significativas de percepção entre os perfis demográficos.
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