O processo de globalização e a crescente utilização da internet influenciaram aos
governos, que sentiram-se na necessidade de acompanhar esses avanços
tecnológicos, pois a população de um modo geral demandam ter acesso aos
serviços de maneira fácil e rápida. A governança eletrônica, surge como um
modelo de gestão apoiado nas Tecnologias da Comunicação e Informação (TICs) e
voltado para promover uma maior interação entre governo e cidadão.
Assim, o objetivo desse estudo é apurar o índice de governança eletrônica dos
municípios do estado de São Paulo e verificar quais as variáveis apontadas pelo
estado da arte da literatura impactam no presente índice.
A revisão bibliográfica aponta por meio dos estudos de Mello (2009),
Moura et al (2011) e Freitas e Luft (2013), que os estados e municípios brasileiros
desenvolvidos possuem os maiores índices de governança eletrônica e que alguns
indicadores socioeconômicos (PIB, PIB per capta), sociais (IDH e GINI) e a
quantidade de habitantes possuem certo grau de relação com as práticas
implantadas.
A pesquisa é classificada metodologicamente como descritiva e foi conduzida por
meio da análise documental com abordagem quantitativa. A amostra probabilística
compreendeu 19 municípios escolhidos aleatoriamente, em que foram utilizados
estatística descritiva e um modelo de regressão linear, que respeitou aos
pressupostos da normalidade, homoscedasticidade, ausência de autocorrelação
serial e multicolinearidade.
Os resultados apontaram que o maior número de práticas implantadas pelos
municípios estão relacionadas com a usabilidade e a acessibilidade e o menor
número com as práticas de participação cidadã, indicando que os governos
municipais estão mais interessados em facilitar e agilizar o acesso aos portais do
que incentivar a participação cidadã e que dentre as variáveis apontadas pela
literatura somente a população atende a todos os pressupostos metodológicos.
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