RESUMO
Código: 721
Tema: Cluster e Redes de Negócios

 

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Modelos e Métricas Para Avaliação da Competitividade em Clusters: Análise dos Estudos Nacionais Publicados no Período de 2000 A 2014
 

Clusters são agrupamentos de empresas e instituições correlatas, geograficamente concentradas, que competem e também cooperam entre si (PORTER, 1999). Compreender a competitividade dos clusters requer uma análise que ultrapasse o aspecto da concentração geográfica, contemplando outras evidências ou fundamentos que favoreçam esta competitividade (ZACCARELLI et al. 2008). Outro aspecto tão, ou mais importante, é o estabelecimento de parâmetros que permitam mensurar esse desempenho (SHAFEI, 2009).

Não existe um consenso em relação aos fundamentos necessários para avaliar a competitividade em clusters e, consequentemente, não há uma consolidação das métricas utilizadas para operacionalizar estes modelos, o que constitui uma limitação para o avanço dos estudos empíricos. Frente a esta imprecisão, o objetivo deste estudo é identificar e comparar modelos e métricas empregadas na análise da competitividade dos clusters em função dos estudos nacionais no período de 2000 a 2014.

A avaliação dos benefícios e desempenho dos clusters é uma questão frequentemente discutida na literatura (SKOKAN; ZOTYKOVÁ, 2014). Ao revisitar a literatura, verifica-se a existência de modelos teóricos diversos, reconhecidos por viabilizar a avaliação e o dimensionamento do nível de competitividade de um cluster, a exemplo de Marshall (1890), Porter (1990, 1998), Schmitz (1992), UK Department (1999), Zaccarelli et al. (2008) e Kamath, Agrawal e Chase (2012).

Empreendeu-se uma pesquisa qualitativa, de caráter bibliográfico e descritivo, a fim de analisar determinadas características acerca da produção científica sobre competitividade em clusters. Os artigos foram coletados na base de dados SPELL Scientific Periodicals Electronic Library, escolhida por constituir-se em um amplo e relevante repositório da produção científica nacional. Os dados foram analisados utilizando-se a técnica de análise categorial.

Os resultados da análise da amostra de 63 artigos apontaram que o estudo de caso é o método predominante. Zaccarelli e Porter foram os autores com modelos teóricos mais citados, o primeiro com 7 e o segundo com 4 citações. Identificou-se 20 fatores de competitividade, sendo que os mais adotados são abrangência de negócios e cooperação. Para cada fator de competitividade identificado foi consolidada uma métrica e seu parâmetro de avaliação.